Foto: MPPA

Antes mesmo de qualquer decisão da Justiça do Pará, a Prefeitura de Belém afirma em matéria de O Liberal desta sexta-feira (21), que “o funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba será prorrogado”. Não será surpresa se isso se concretizar.

A oito dias do prazo para seu fechamento, o governo do Pará ainda não concedeu licença para a operação de um novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), que vem sendo requisitado pela Ciclus, concessionária responsável pela gestão da limpeza urbana de Belém. E parece não ter interesse. Até dezembro do ano ado, oito licenças para um novo centro, que poderia ser em Acará ou Bujaru, foram pedidaa à Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Semas). Não há informações públicas sobre o andamento desses pedidos e os motivos para negar a licença.

O Aterro de Marituba começou a funcionar em junho de 2015 para receber os resíduos da região metropolitana de Belém. Desde então, a população vem sofrendo com forte odor,  doenças respiratórias, desvalorização dos imóveis, além de contaminação dos canais hídricos por substâncias como Arsênio, Mercúrio, Benzeno e seus derivados, atestado por parecer do Instituto Evandro Chagas.

Afinal, a quem interessa a manutenção de uma aterro que há anos vem causando impacto no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas, quando é possível pôr fim ao problema dos resíduos sólidos na região metropolitana e fazer Belém avançar?

Novo Centro de Tratamento de Resíduos

Com a licitação realizada pelo então prefeito Edmilson Rodrigues, a Ciclus ficou responsável por implantar um novo Centro de Tratamento de Resíduos, lugar onde todos os tipos de resíduos encontram uma destinação final ambientalmente adequada com metodologia e tecnologia específicas. Terá capacidade para mais de 2.500 toneladas diárias de lixo urbano, com possibilidade de ampliação para até 4.000 toneladas por dia, caso o consórcio venha eventualmente a atender outras cidades da região metropolitana de Belém.

A implementação completa do sistema de gestão integrada em Belém prevê ainda que os resíduos coletados serão transportados às Estações de Transferência de Resíduos (ETRs) por meio de caminhões compactadores. Depois, serão transferidos ao CTR, onde serão depositados em uma Central de Tratamento de Resíduos Bioenergética. Para garantir total segurança ao meio ambiente, o solo do aterro será preparado com várias camadas de proteção.

Também está prevista a possibilidade de geração de energia elétrica, a produção de biometano e estação de extração e tratamento de biogás produzidos pela decomposição do lixo que pode ser utilizado para abastecer automóveis como substituto do GNV e para a produção de outros combustíveis fósseis. Isso já é feito pela empresa no Rio de Janeiro

“A Companhia transforma insumos poluentes em água desmineralizada, biogás e energia, além da possibilidade de geração de 2 milhões de toneladas de crédito de carbono até 2025. A Ciclus Amazônia permanece à disposição para contribuir com a gestão dos resíduos sólidos em Belém, garantindo que qualquer solução adotada esteja alinhada com as melhores práticas ambientais e operacionais”, informou a empresa.

Com informações de O Liberal. 

2 COMMENTS

  1. Quando a empresa anterior responsável assumiu gestão de resíduos sólidos de Belém, no chamado Aterro Sanitário de Marituba, e outros municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB), a promessa era de que seria um tratamento que não geraria poluição ambiental. A dramática situação atual do aterro de Marituba, com todos os seus inúmeros problemas de poluição ambiental, e adoecimento da população vizinha, prova que foi tudo um engodo.
    Na verdade, essa alternativa de aterro sanitário já se mostrou ultraada e ineficaz, pelos exemplos de Matituba, e de muitos outros aterros sanitários.
    Recomendada a leitura da seguonte matéria: https://www.google.com/amp/s/www.vertown.com/amp/blog/blogevitar-os-aterros-sanitarios/

  2. Na matéria do jornal Diário do Pará, edição de hoje, sob título “Prefeitura de Belém esclarece dívida milionária deixada por Edmilson Rodrigues”, o atual prefeito desfere mais um ataque à honra do ex-prefeito, entre muitos outros desde que assumiu
    PMB.
    Essa conduta desleal e antiética de Igor Normando deveria ensejar uma demanda judicial, para exigir retratação pública, e cobrança de indenização por danos morais.
    https://pontodepauta.noticiasdopara.net/noticias/para/895839/prefeitura-de-belem-esclarece-divida-milionaria-deixada-por-edmilson-rodrigues?_=amp

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