Imagem do canal da Leal Martins com Timbó, registrada nesta segunda-feira (6). 

Ao fundo, é possível ver os balões da festa de inauguração de um trecho do canal da Timbó, o menor dos canais da bacia do Tucunduba, o equivalente a dois quarteirões, pelo governador Helder Barbalho, nesta segunda-feira (6). Finalmente, uma obra pra chamar de sua, mesmo que inacabada; e um alento para a população que sofre com os alagamentos na área há anos.

“Aqui está só lama. O governo veio inaugurar a Timbó como se o trabalho estivesse concluído, e não está nem perto disso acontecer”, disse uma moradora do entorno. Ela também reclama que desde o início das obras, o carro de coleta de lixo não consegue entrar, e os moradores vem convivendo com lixões. “Antes disso essas ruas eram todas asfaltadas. A coleta de lixo funcionava normalmente. Não havia lixões”.

Outra moradora, chegou a filmar um trecho da Timbó que não recebeu asfaltamento (veja o vídeo abaixo). “Não tem condições do asfalto chegar só até ali e a gente ficar à mingua sem asfaltamento. Inicialmente, os engenheiros falaram que o asfalto ia até a São Pedro. (Está) só buraco que foram feitos pela Cosanpa, e não foram asfaltados”.

Moradores vivem apreensivos com desapropriações

Os moradores que vivem há mais de 40 anos na área estão apreensivos, já que segundo o projeto, 104 imóveis serão desapropriados. Foram realizadas marcações nas casas, mas nenhuma reunião foi realizada para explicar como se dará esse processo e como as famílias serão indenizadas. Além disso, questionam: “Se as ruas vão melhorar, porque não podemos ficar?”

A obra de requalificação do canal da Timbó foi iniciada em janeiro de 2022, e tinha previsão de entrega para o segundo semestre de 2023, mas atrasou mais de um ano. Este é o quarto trecho das obras de macrodrenagem da bacia do Tucunduba, que também inclui o canal da União (275 metros de extensão). Os recursos são em grande parte federais, oriundos do BNDES, no total de R$ 47.681.949,03.

Assista ao vídeo: 

 

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