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Em reunião com mais de 50 representantes de entidades da sociedade civil e parlamentares, na 29° Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontece no Azerbaijão, a deputada estadual Lívia Duarte (Psol) criticou a proposta do governo de Helder Barbalho de substituir as aulas presenciais do Sistema Modular de Ensino (SOME) por educação à distância (Ead).
“O mesmo governo do Pará que vem aqui (na COP 29) falar, fecha a modalidade presencial de educação no campo, SOME, e abre EAD. Se nós temos COP 30, e responsabilidade com as comunidades quilombolas, indígenas ribeirinhos, trabalhadores, 550 comunidades não podem ficar sem educação presencial”, denunciou a deputada, destacando que na região do Baixo Tocantins, mais de 500 comunidades serão prejudicadas por essa medida.
“O SOME (Sistema Modular de Ensino) é a oportunidade de educação de qualidade no campo. Estamos ao lado dos professores na luta por educação de qualidade e não apoiamos quem quer economizar com ela, prejudicando milhares de estudantes. Não é possível falar em futuro sem educação”, disse Lívia, em publicação nas redes sociais.
O Sistema Modular de Ensino (SOME), implementado na década de 1980, atua em regiões remotas do Estado, com o deslocamento de professores às comunidades que não possuem escolas regulares. O governo de Helder Barbalho vem, gradualmente, substituindo a presença dos professores pelo “Centro de Mídia do Estudo do Pará” (CEMEP), o que na prática, significa a transmissão das aulas pela TV, com a presença de um coordenador de rede de classe, que terá a responsabilidade de ajudar os estudantes em todas as matérias que serão ministradas.